sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ORDEM MUNDIAL

A Ordem mundial pode ser definida como um agrupamento de características geopolíticas e econômicas num dado momento da história mundial. Onde, o mundo se organiza segundo os interesses dos países centrais, que determinam os rumos das relações internacionais. Neste sentido, podemos identificar algumas mudanças que ocorreram e estão ocorrendo na geopolítica global ao longo de algumas décadas.

Ao final da II Guerra Mundial, com a derrota das forças do Eixo – Alemanha, Japão e Itália – e o enfraquecimento econômico, militar e político das potências européias levaram o mundo a um período de grandes transformações geopolíticas, produzidas por ações organizadas, especialmente pelos Estados Unidos da América e pela então União Soviética. O contexto geopolítico que se seguiu à Segunda Guerra Mundial foi marcado dentre outros aspectos: Pela bipolarização do espaço mundial entre as duas maiores potências - uma capitalista e a outra socialista - numa disputa permeada por aspectos ideológicos e político-militares que se convencionou chamar de Guerra Fria

O processo de reorganização do espaço mundial, estendeu-se de 1947 até o final dos anos de 1980. Durante esse período, o mundo passou por vários momentos de tensão como na Guerra do Vietnã, onde a porção sul apoiada pelos Estados Unidos tentou resistir a “invasão” da porção norte apoiada pela União Soviética no processo de reunificação vietnamita. E, colocando as forças armadas desses dois países em alerta máximo, com a iminência de uma guerra nuclear, como no evento do caso da instalação secreta, pela União Soviética, de mísseis balísticos em Cuba - país localizado no continente americano - que se orientou para o socialismo.

Nos anos finais da década de 1980, devido a profunda crise que assolou o bloco de países socialista, comandados pela ex-União Soviética, o mundo assiste ao surgimento de uma nova reordenação geopolítica mundial - de bipolar para multipolar -. Nesse novo cenário, destacam-se como características marcantes da multipolarização do poder em escala global: A globalização econômica; o enfraquecimento do papel dos estados nacionais e as relações diplomáticas tornaram-se ainda mais complexas.

Com o fim da ordem bipolaridade, é que foi possível a consolidação da organização de vários países em blocos regionais de comércio, como o NAFTA e o MERCOSUL, que vem seguindo o exemplo da União Européia, que teve sua origem com a criação da CECA, ainda no contexto da guerra fria. Ou seja, seguindo uma tendência marcante do mundo contemporâneo, a expansão do capitalismo com a conquista de novos mercados por parte dos exércitos dos países centrais - as multinacionais.

Neste atual cenário geopolítico internacional, um novo ingrediente se apresenta na sucessão de tensões geopolíticas, que em seu conjunto, cria choques múltiplos de interesses - O terrorismo. Ação violenta praticada para desestabilizar um regime ou um governo pode ser considerada como um fenômeno marcante do início do século XXI e, que tem influenciado as relações internacionais.

Os atentados ao World Trade Center, em Nova Iorque (2001), e aos trens de Madrid (2004) marcou o início de um terrorismo pós-moderno que teve objetivos políticos e culturais e mataram cidadãos comuns de vários países, incluindo árabes, sendo que estes atentados: o de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas do World Trade Center e contra o Pentágono, nos Estados Unidos, serviram como justificativa para a intervenção militar dos Estados Unidos no Afeganistão e posteriormente o Iraque, neste caso, sem a autorização da ONU.

domingo, 21 de agosto de 2011

AS TEORIAS DEMOGRÁFICAS

Desde o século XVIII, teóricos buscam entender o crescimento populacional no mundo. Daí até os dias atuais foram surgindo teorias como a de Malthus, a neomalthusiana, a reformista e a ecomalthusiana

TEORIA MALTHUSIANA

Thomas Robert Malthus, nasceu em Fevereiro de 1766 em Rookery, perto de Guildford, (Surrey) e faleceu a 23 de Dezembro de 1834 em Bath em 1798, publicou no livro “Ensaio sobre o princípio da população” a teoria que segundo o autor, a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...), e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6...). Assim, segundo a sua visão, ao final de um período de apenas dois séculos, o crescimento da população teria sido 28 vezes maior do que o crescimento da produção de alimentos. Dessa forma, a partir de determinado momento, não existiriam alimentos para todos os habitantes da Terra, produzindo-se, portanto, uma situação catastrófica, em que a humanidade morreria de inanição.

TEORIA NEOMALTHUSIANA

É uma teoria que começa a se desenvolver no início do século XX. Essa teoria somente se firmou entre os estudiosos da demografia após a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), em função da explosão demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos. Esse fenômeno foi provocado pela disseminação, nos países subdesenvolvidos, das melhorias das condições urbanas e ao desenvolvimento da medicina, o que diminuiu a mortalidade sem, no entanto, que a natalidade declinasse. Os estudiosos analisam essa aceleração populacional segundo uma ótica alarmista e catastrófica, argumentando que, se esse crescimento não for impedido, os recursos naturais da Terra se esgotarão em pouco tempo. Para conter o avanço populacional, esses teóricos utilizam várias propostas, principalmente a da adoção de políticas visando ao controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de Planejamento Familiar.

TEORIA REFORMISTA OU MARXISTA

As idéias básicas desta teoria são todas contrárias às anteriores, sua principal afirmação nega o princípio, segundo o qual a superpopulação é a causa da pobreza. Segundo essa teoria, é a pobreza que gera a superpopulação, sendo assim, caso não houvesse pobreza, as pessoas teriam acesso à educação, saúde, higiene etc., o que regularia, naturalmente, o crescimento populacional. Portanto, é exatamente a falta dessas condições o que acarreta o crescimento desenfreado da população. Essa teoria defende que os governos deveriam implantar uma política de reformas sociais – na tecnologia, para aumentar a produção e resolver definitivamente o problema da sobrevivência humana, e na distribuição da renda,visando ao acesso da maioria às riquezas produzidas. Só assim o problema da pobreza se resolveria. E, resolvendo o problema da pobreza, se resolveria também o problema da superpopulação. Ou seja, não haveria mais desequilíbrio entre uma e outra.

TEORIA ECOMALTHUSIANA

É o ressurgimento da teoria de Malthus dentro desse novo paradigma ambiental. Para a teoria ecomalthusiana, controlar o crescimento populacional é uma das formas de preservar a natureza, pois, quanto maior a população, maiores os impactos ambientais. Segundo os ecomalthusianos, os países subdesenvolvidos são os que mais degradam o ambiente devido aos altos índices de natalidade. É bem verdade que os países subdesenvolvidos, como é o caso do Brasil, às vezes são omissos em relação aos problemas ambientais, porém já foi provado que os países que mais degradam o meio ambiente são os que detêm o padrão de comportamento consumista encontrado nos países desenvolvidos.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

ÁFRICA: O CONTINENTE DA FOME

África, o continente-mãe que “chora” a perda de seus filhos por séculos, desde quando os Franceses, Portugueses, holandeses, Espanhóis e ingleses estabeleceram um tráfico em grande escala em um comércio de seres humanos capturados como mercadoria, para servir de mão de obra escrava no passado. E agora, no presente, a perda de seus filhos para a epidemia da AIDS e para a epidemia geradora de diversas doenças, a fome.

Como um grande produtor e exportador de produtos agrícola não conseguem alimentar sua população? Se num passado não muito distante, sem a presença dos colonizadores europeus, a África era um continente auto-suficiente. Na África pós-colonizada a estrutura produtiva que era voltada para o mercado interno voltou-se para o mercado externo e na atual África, a escassez de alimento em alguns países levaram a uma instabilidade política, desse modo, a fome é, ao mesmo tempo, causa e conseqüência da pobreza e dos conflitos internos atuais.

Numa situação interna, em alguns países, com ausência de governos democráticos estabelecidos no continente, em uma das regiões mais pobres do mundo como o Chifre africano, no nordeste da África, que em 2011 está a passar pela pior seca dos últimos 60 anos, agravando o sofrimento nos países como: Eritréia, Djibuti, Etiópia, Quênia e Somália a fome se torna crônica. De acordo com a ONU, a epidemia de fome já foi declarada em cinco regiões da Somália, o país mais castigado pela crise.

Para a ONU, milhões de africanos morrerão de fome ou das doenças resultantes da deficiência alimentar, que não chega à quantidade mínima necessária de calorias diárias. As ações humanitárias por partes de várias nações são atenuantes e muito importantes, mas não deve ser a única ação, principalmente por parte dos países europeus que historicamente foram e ainda são influenciadores, do ponto de vista político e econômico.

Esta situação de indigência da África é uma herança do processo de colonização – Que não levou em consideração os aspectos culturais dos milhares grupos étnicos africanos e sim, os interesses das metrópoles européias – do desastroso processo de descolonização e que associada as atuais características do mundo da globalização econômica, que “esquece” a maioria dos países africanos que não são atraentes do ponto de vista econômico, são as principais causas da fome, dos conflitos de diversas gêneses e por último das condições naturais do continente Africano

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Estados Unidos da América - EUA

1. Dados Básicos

Nome Oficial: Estados Unidos da América
Capital: Washington, DC
Área: 9.631.418 km²
População (2009): 305,8 milhões
Idiomas: Inglês (82,1%), Espanhol (10,7%), indo-europeus (3,8%), idiomas asiáticos e de ilhas do Pacífico (2,7%), outros (0,7%) (censo de 2000)
Etinias: Brancos (81,7%), negros (12,9%), asiáticos (4,2%), ameríndios e nativos do Alasca (1%), nativos do Havaí e outras ilhas do Pacífico (0,2%)

Obs.: os hispânicos não são listados à parte pelo US Census Bureau. Para efeitos de estatística, as pessoas de ascendência hispânica podem pertencer a qualquer das três raças ou grupos étnicos listados.


Religiões: Protestantes 52%, católicos 24%, mórmons 2%, judeus 1%%, muçulmanos 1%, outras (10%).
Sistema Político: Presidencialismo
Chefe de Estado e de Governo: Barack H. Obama (desde 20 de janeiro de 2009)
Secretária de Estado: Hillary R. Clinton
PIB (2008): US$ 14,1 trilhões
PIB PPP (EIU, 2008) US$ 14,1 trilhões
PIB “per capita” (2008) US$ 46.534
Unidade Monetária: Dólar americano (US$ ou USD)

2. Aspectos Gerais


2.1. Geografia

Localização e Superfície

Os Estados Unidos são o quarto maior país do mundo, em extensão territorial, depois de Rússia, China e Canadá. São constituídos de 48 estados contíguos e do Distrito de Columbia, sede da capital do país, bem como dos estados do Alasca, a noroeste do Canadá, e do Havaí, distante cerca de 3.400 quilômetros da Costa Oeste americana, e dos territórios de Guam, Ilhas Virgens, Porto Rico, Somoa e outras ilhas do Pacífico.

A superfície total dos EUA é de 9.629.091 quilômetros quadrados, estendendo-se por 4.500 km da Costa Leste à Costa Oeste e 2.570 km de Norte a Sul. O país faz fronteiras com o Canadá, ao norte, com o México, ao Sul, e com os Oceanos Atlântico, a leste, e Pacífico, a oeste, perfazendo um total de 19.924 km de litoral.

Regiões geográficas Relevo e clima

O país divide-se em seis regiões geográficas distintas:

1) Nova Inglaterra - Connecticut, Maine, Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Vermont. Essa região tem a segunda maior concentração populacional (aprox. 72 hab/km2);
2) Médio-Atlântico – Delaware, Maryland, Nova Jersey, Nova York, Pensilvânia, Virginia, West Virginia e o Distrito de Columbia (sede da capital da nação - Washington). Maior densidade demográfica dentre as seis regiões (cerca de 80 hab/km2);
3) Sul – Alabama, Arkansas, Flórida, Geórgia, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Tennessee e Texas;
4) Região Central – Indiana, Illinois, Iowa, Kansas, Michigan, Minnesota, Missouri, Nebraska, Dakota do Norte, Ohio, Oklahoma, Dakota do Sul e Wisconsin;
5) Região Oeste (“Mountain Region”) – Arizona, Colorado, Idaho, Montana, Nevada, Novo México, Utah e Wyoming. Área de baixa densidade demográfica (aprox. 5 hab/ km2).
6) Região do Pacífico – Alasca, Califórnia, Havaí, Oregon e Washington. A Califórnia é o estado mais populoso da nação, com aproximadamente 34 milhões de habitantes.

A topografia do país consiste de vasto planalto central cercado por montanhas no Oeste e Planaltos desgastados no Leste (“Rocky Mountain”). No Alasca a maior parte do território é composta por montanhas e vales. O Havaí possui topografia acidentada de origem vulcânica. O clima é principalmente temperado, com predominância de clima tropical no Havaí e na Flórida, ártico no Alasca, semi-árido nas planícies a oeste do Rio Mississippi, principal rio navegável do país, e árido no sudoeste, onde estão localizados os grandes desertos americanos.

3. Cronologia Histórica:

1861: Início da Guerra Civil Americana (até 1865, com a derrota dos confederados)
1898: Início da Guerra Hispano-Americana (aquisição de Porto Rico, Cuba e Filipinas)
1914: Início da 1ª Guerra Mundial; Estados Unidos entram no conflito só em 1917
1929: Quebra da Bolsa de Nova York;Grande Depressão;“New Deal”de Roosevelt em 1932
1941: Ataque japonês a Pearl Harbor; bombas atômicas sobre o Japão em 1945
1944: Conferência de Bretton Woods cria FMI e Banco Mundial; dólar é reserva internacional
1945: Ata de San Francisco; criação da Organização das Nações Unidas
1947: Assinatura do GATT, Acordo Geral de Tarifas e Comércio (futura OMC)
1947: Plano Marshall para a reconstrução européia (US$130 bilhões, em dólares de (2006)
1949: Criação da OTAN; início da Guerra Fria com a URSS
1950: Envolvimento norte-americano na Guerra da Coréia (até 1953)
1954: Início do movimento de direitos civis
1961: Corte das relações diplomáticas com Cuba; tentativa de invasão da Baía dos Porcos
1964: Envolvimento militar no Vietnã após ataque a navio americano no Golfo de Tonkin
1968: Martin Luther King Jr. e Robert F. Kennedy são assassinados; Partido Democrata racha na Convenção em Chicago e Richard Nixon é eleito Presidente
1971: EUA suspendem conversibilidade do dólar em ouro; crise monetária mundial
1972: Nixon visita a China; EUA e URSS assinam acordo para limitação de armas
1973: Embargo da OPEP causa choque do petróleo e crise na economia
1974: Nixon renuncia após escândalo Watergate
1975: EUA se retiram do Vietnã após intensa campanha de mobilização social
1978: Carter promove Acordo de Camp David (Sadat e Begin); fim do conflito Egito-Israel
1981: Governos Reagan. Invasão de Granada (1983) e escândalo“Irã-Contras”(1986)
1987: Gorbachov e Reagan assinam tratado de redução de arsenal nuclear; declínio da URSS
1990: George Bush “pai” lidera Guerra do Golfo após invasão do Kuwait pelo Iraque
1992: Presidentes Bush e Gorbachov se encontram em Camp David; fim da Guerra Fria
1993: Assinatura do NAFTA (acordo de livre comércio e regras com México e Canadá)
2001: Ataques ao World Trade Center e ao Pentágono fazem quase 3000 mortos
2002: George W. Bush inicia guerras contra o Iraque e o Afeganistão
2008 - 2011: Barack Obama, primeiro Afro-americano a eleger-se Presidente da República; Em 2008 um pacote de ajuda de US$ 700 bilhões para ajudar os bancos afetados com a crise do subprime e às montadoras de automóveis; Anuncia a retirada gradativa das tropas americana do Iraque e Afeganistão; Visita oficialmente o Brasil; No Afeganistão, militares americanos conseguem matar Ozama Biladen; Desgaste do governo Obama com o impasse entre os Republicano e Democrata, no congresso, no processo de tramitação e a aprovação da elevação do “teto” da dívida.

4. Causas da atual crise econômica

- Gastos exorbitantes com guerras “contra o Terrorismo”;
- A ajuda publica, no socorro aos bancos com a crise do Subprime;
- O contínuo crescimento anual do Déficit público
- A crença de uma economia “vacinada” contra crise

Entenda a Origem da Crise.

É público que os Estados Unidos estão passando por uma enorme crise financeira. Crise esta, que começou com uma crise no mercado imobiliário americano (Crise do subprime). Desde 2001, o mercado imobiliário americano vinha crescendo de forma acelerada. A causa disso foi à queda dos juros FED (Banco Central americano), que diminuíram para recuperar a economia. Com isso a demanda por imóveis cresceu, incentivada pelos baixos juros nos financiamentos imobiliários e nas hipotecas. Em 2005, isso se tornou um ótimo negócio. Muitos americanos tiveram acesso a financiamentos e compraram casas, com a intenção de revendê-las com a futura valorização. Isso fez com que a quantidade de empréstimos com juros maiores, para clientes de baixa renda e com histórico de inadimplência aumentasse - os chamados clientes subprime. Esse tipo de empréstimo é de alto risco, pois as chances de não ser pago são maiores, mas em compensação oferecem uma taxa de retorno maior aos bancos. Os agiotas (financeiras) americanos ávidos por lucros exorbitantes, irresponsavelmente colocaram a economia americana e mundial em grande risco.

Fonte: Ministério das relações Exteriores - DPC